No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
Bom, na data de hoje, muitos gostam de pregar peças nos outros. Contam histórias ridículas, dão notícias assustadoras... tudo em prol de dizer no final: "Te peguei! É 1º de abril!". Confesso que nunca gostei dessas brincadeiras quando era criança. Achava tudo aquilo sem sentido. Depois de adulta e de ter conhecimento de que nossas palavras têm poder, aí mesmo que passei a ter repulsa por essa brincadeira.
O problema não está no dia 1º de abril, mas sim em as pessoas insistirem com brincadeiras repletas de mentiras. Por que então não criamos o dia da Verdade? Por que não usamos essa data para contar ao nosso marido que todo mês estouramos o cartão de crédito e que fazemos de tudo para esconder dele? Por que não explicamos às nossas amigas que só estamos sozinhas pelo medo de nos magoarmos de novo? Por que não falamos com nossas mães sobre o terror que temos de errar como elas erraram? Por que não contamos aos nossos namorados todas as nossas fantasias sexuais?
Vamos nos libertar da mentira, e do medo, que sejamos verdadeiras e transparentes. A verdade liberta e nos ajuda a entender que somos humanas, ou seja, que erramos.
Até lá.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
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